terça-feira, 19 de julho de 2011

Palestinos buscam parceiros no Brasil para vender 'cerveja revolucionária'

Já vou encomendar uma caixinha com doze


Opera Mundi


Taybeh Beer, única empresa a produzir cerveja nos Territórios Palestinos, quer expandir seus negócios e procura um parceiro no Brasil. A cervejaria tem sua sede na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e já terceirizou parte de sua produção na Alemanha e na Bélgica. 




“O Brasil é um país grande e os brasileiros apreciam cerveja. Gostaria de encontrar um parceiro no Brasil para produzir a Taybeh”, afirma Nadim Khoury, sócio da cervejaria. Sobre a comercialização da bebida, ele diz que já recebeu contatos de empresas brasileiras interessadas em importar sua cerveja, mas que ainda não fechou negócios no País.

A Taybeh foi fundada em 1994, quando Khoury voltou dos Estados Unidos, onde estudou Administração e Engenharia de Cervejaria. “Eu estava em Boston e resolvi voltar e investir no meu país”, conta o empresário, que criou a companhia em sociedade com seu pai e seu irmão.

Khoury conta que ele mesmo desenvolveu a fórmula da Taybeh. “É uma cerveja 100% natural. Não usamos conservantes, nem aditivos”, revela. Na fábrica em Ramallah são produzidos, anualmente, 600 mil litros de cerveja. A bebida é vendida em garrafas de 330 ml, 650 ml e também em barris. Em relação aos sabores, a marca possui os tipos clara, escura e também light. 
No que se refere à terceirização da produção, ela começou em 1999, quando Khoury licenciou uma fábrica na Alemanha para a produção de sua cerveja. Alguns anos depois, fez o mesmo com uma fábrica na Bélgica. A cidade de Boston, nos EUA, deve ser a próxima a receber a produção da Taybeh.

Na Alemanha e Bélgica, além de fabricada, a cerveja é comercializada em bares, restaurantes e lojas de bebidas. A Taybeh chega ainda a estabelecimentos no Reino Unido, na Suécia e no Japão. Para estes países, no entanto, a cerveja vai diretamente da Palestina. “Eles fazem questão que venha daqui”, conta Khoury sobre o importador japonês.

Álcool e política

Produzir e vender cerveja a partir dos Territórios Palestinos, porém, não é tarefa fácil. “A situação política dificulta. Você produz álcool em um país muçulmano, mas só pode vender em áreas cristãs”, revela o empresário. “Também sofremos para exportar, porque não temos portos ou aeroportos. Ainda não temos um país, mas já temos nossa própria cerveja”, brinca Khoury sobre a situação entre Palestina e Israel.

Sobre o faturamento da companhia, o empresário não fala em valores, mas revela que 60% da produção é consumida dentro da própria Palestina, 30% é vendida em Israel e 10% é exportada. 

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