terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mais de 60 mil professores estão em greve por tempo indeterminado em Honduras



Todo apoio aos professores hondurenhos





Mais de 60 mil professores hondurenhos estão em greve nacional há vinte dias para exigir que o governo pague salários e aposentadorias atrasados. Os grevistas pedem também a restituição de 10 diretores que foram demitidos após o golpe de Estado que tirou o então presidente Manuel Zelaya do cargo em junho de 2009 e que sejam soltos os manifestantes presos em uma passeata. A rede pública de Honduras possui 50 mil professores; os demais manifestantes são aposentados.

A dívida do governo hondurenho com os professores, acumulada ao longo dos últimos dois anos, chega a quatro milhões de lempiras, o equivalente a 372 mil reais, segundo comunicado oficial da FOMH (Federação de Organizações Magisteriais de Honduras), que reúne os sindicatos da categoria.

O presidente de Honduras, Porfírio Lobo, pede uma pausa na greve, já que dois e meio milhões de alunos estão há 13 dias sem aulas. Segundo o jornal hondurenho El Tiempo, o governo se comprometeu a pagar a dívida até o dia 31 de dezembro de 2010, mas ainda não deu uma data exata.

Numa tentativa de dialogar com os professores, o Executivo designou uma comissão, formada pelo economista Rafael Leonardo Callejas; o ex-diretor do Ministério Público, Humberto Palacios Moya e o ministro de Planejamento, Arturo Corrales Alvarez.

Sem acordo

O presidente do Colégio de Pedagogos de Honduras, Joel Almendárez, disse que até agora não há um acordo com o governo porque os professores pedem uma garantia de que os pagamentos serão feitos e de que as outras demandas serão atendidas. Na sexta-feira (20/8), a comissão se declarou “incapaz de chegar a um acordo para resolver o caso”, segundo a Telesur.
Na última sexta-feira, os professores organizaram uma passeata no centro da capital hondurenha, Tegucigalpa, bloqueando duas avenidas principais, a de Miraflores e das Forças Armadas. Os manifestantes foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha e 20 manifestantes, segundo dados oficiais.






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