quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tanques israelenses atacam casas e propriedades palestinas em Gaza

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(Prensa Latina) Tanques israelenses dispararam hoje contra propriedades palestinas em Gaza, numa ação incongruente com o anúncio do governo sionista de processar um soldado judeu pelo homicídio de duas mulheres durante a agressão de 2008.

Fontes palestinas assinalaram que os tanques e outros veículos blindados da infanteria motorizada de Israel se posicionaram na fronteira leste da faixa e abriram fogo de forma indiscriminada e sem prévio aviso contra casas e outros terrenos de palestinos.

Embora não se tenha registrado vítimas, as forças sionistas provocaram o pânico de civis indefesos, em particular de mulheres e crianças, residentes na área de Al-Sanati, ao leste de Khan Younis, devido à incursão armada ter se produzido ao amanhecer desta quarta-feira.

Enquanto meios palestinos noticiaram o incidente, a imprensa israelense não fez nenhuma referência e, no lugar, concedeu grande destaque ao anúncio do exército de Tel Aviv sobre o julgamento de um de seus efetivos por homicídio durante a ofensiva militar contra Gaza.

O julgamento será o primeiro a um soldado judeu pela morte de civis durante a devastadora agressão de 22 dias (de dezembro de 2008 a janeiro de 2009) contra este território, que teve saldo de mais de 1.400 palestinos mortos e cerca de 5.300 feridos.

Um comunicado do exército sionista indicou que a promotoria militar decidiu acusar vários oficiais e soldados por sua conduta durante a operação Chumbo Fundido, na qual o comandante de um batalhão permitiu a sua tropa utilizar um civil palestino como escudo humano.

Grupos de direitos humanos palestinos e israelenses qualificam de ridículo o processamento ao militar quando Israel persiste em bloquear há quatro anos e em atacar quase que diariamente o território de Gaza, causando penúrias e morte entre a população.

Analistas avaliam como rara coincidência que o julgamento tenha sido anunciado no momento em que o premiê israelense, Benjamín Netanyahu, visita os Estados Unidos e dialogou com o presidente Barack Obama sobre a possibilidade de diálogo direto com os palestinos.

Enquanto isso, o grupo islamista Hamas, que controla este território, aprovou o pedido do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, a Israel para que facilite a agências humanitárias acelerar e expandir o trabalho dirigido a aliviar os efeitos do bloqueio à Gaza.


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