quarta-feira, 10 de março de 2010

Procura-se candidato de esquerda em São Paulo



Barões do café, os eternos governantes de São Paulo


Tá cada vez pior, ontem falei sobre o "socialista" Paulo Skaf, o preferido de Ciro Gomes para o Palácio dos OBANdeirantes, hoje o Blog do Rovai anuncia uma possível chapa Mercandante-Skaf. Esta chapa será nossa (dos paulistas) opção de esquerda. Como disse ontem, não tem pra onde correr, São Paulo continuará nas mãos do PSDB, e creio que o Ciro Gomes sabe disso, por isso foge da disputa paulista. O PT de São Paulo não consegue construir uma liderança estadual, o PSOL tropeça nas próprias pernas, e não temos opções alternativas, nem mesmo um Requião temos. Nem o Lula confia no PT de São Paulo, por isso indicou uma mineira como candidata. O negócio é seguir tocando a vida e assistir o desenvolvimento de outros Estados brasileiros, não governados por oligarquias políticas.

Na bolsa de apostas do mercado industrial paulista e também entre os petistas, cresce a impressão de que Ciro Gomes não deve sair nem candidato a presidente nem a governador em São Paulo. Inclusive porque a demora em dar o sim aos paulistas levou a uma articulação para que o senador Aloísio Mercadante saia a governador com Paulo Skaf de vice.

Isso faria com as vagas ao Senado fossem preenchidas por Marta Suplicy e por Chalita (PSB) ou Netinho (PCdoB). Para o grupo de Marta Suplicy seria mamão com açúcar. Todos querem vê-la candidata ao Senado porque imaginam teria uma eleição fácil. Ao mesmo tempo a ex-prefeita liberaria seus aliados para terem boas votações para a Câmara Federal nas áreas da periferia paulistana.

A solução também agrada ao setor industrial de São Paulo. Como presidente da FIESP, aliás, ficaria o big boss da CSN, Benjamim Steinbruch, de quem Mercadante é amigo dileto.

As relações do senador são tão boas com os representantes do setor empresarial paulista que no Congresso do PT ele defendeu em reuniões internas contra a proposta de 40 horas semanais. Alegava que isso não deveria constar do programa de governo. Derrotado, Mercadante tem articulado para que se aprove já uma proposta intermediária, de 42 horas semanais.

Márcio França, presidente do PSB paulista, ainda prefere a opção Ciro Gomes ao governo. Ele avalia que uma candidatura com número 40 elevaria o número de deputados eleitos pelo partido no estado, seu principal objetivo atual.

No campo tucano, começa a crescer a opção Goldmann. Quem achava que o vice governador era carta fora do baralho, já começa a se preocupar com sua constante presença em todos os eventos de inauguração.

A candidatura Alckmin é a preferida da elite paulista. Destacando-se nessa elite, o quatrocentão Estado de S. Paulo, que não cansa de apontá-la como quase certa em suas reportagens.

Mas entre o tucanato essa certeza é mais do que uma grande dúvida. Muitos interlocutores deste blogue afirmam que Serra avalia que ganha o governo em São Paulo com qualquer candidato. E que não estaria interessado em devolvê-lo a Alckimin. Sua chapa preferida seria Goldman ou Aloísio Nunes com Afif de vice. E Alckmin e Quércia para o Senado. Em breve tudo isso estará resolvido. A conferir.





Um comentário:

  1. Compa,
    Na contramão da natureza, PT e PSDB caminham celeremente para a xifopagia tardia.
    Pior é que o modelo americano pode estar em construção.
    Inté

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