domingo, 21 de março de 2010

EUA: milhares protestam contra guerras


Manifestação em Washington, foto de Tate & Renner





Manifestações em Washington, Los Angeles, San Francisco e outras cidades marcaram o 7º aniversário do início da guerra do Iraque e pediram a retirada das tropas americanas dos dois cenários de guerra.

Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado na capital dos Estados Unidos e noutras cidades do país para pedir a retirada imediata das tropas norte-americanas do Iraque e do Afeganistão, no dia do 7º aniversário do início da guerra do Iraque.

Em Washington, no Parque Lafayette, diante da Casa Branca, o activista e ex-candidato presidencial Ralf Nader disse que o presidente Barack Obama continuou, no essencial, as políticas da administração Bush em relação à guerra: "Manteve Guantánamo aberto, continuou a aplicar prisões indefinidas", disse, observando que a única diferença é que "os discursos de Obama são melhores."

Já a activista anti-guerra Cindy Sheehan, mãe de um soldado americano morto na guerra em 2004, foi mais longe e pediu a detenção do "criminoso de guerra", referindo-se a Obama. Sheehan e outros sete activistas foram detidos no final da manifestação pela polícia de Washington, acusados de não cumprir as ordens da polícia em relação ao trajecto da manifestação.

Outros manifestantes mostravam uma atitude mais conciliatória em relação a Obama, mas demonstrando desilusão: "Presidente Obama, nós amamos-te mas precisamos dizer-te: as tuas mãos estão a ficar ensanguentadas!", lia-se num cartaz.

Em São Franncisco, Daniel Ellsberg, famoso por ter divulgado documentos secretos nos anos 60 que demonstravam que a administração Nixon mentia em relação à guerra do Vietname (os "Papéis do Pentágono"), comparou as manifestações de sábado com as que ocorreram em 1969 contra a guerra do Vietname: "Pensaram que as manifestações não tinham efeito, mas estavam enganados", recordou.

Em Los Angeles, milhares gritaram contra a guerra e desfilaram num trajecto de 1,5 quilómetro. Queremos que as tropas saiam do Afeganistão e do Iraque", insistiu Corazon Esguerra, da coligação ANSWER.



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