terça-feira, 18 de agosto de 2009

O racismo nosso da cada dia



Posse do EcoSport é pretexto para suspeita


Fonte: Afropress

S. Paulo - A auxiliar de serviços gerais, Maria dos Remédios Soares do Nascimento Santana, 41 anos, mulher do funcionário da USP alvo do racismo e da selvageria dos seguranças do Carrefour, disse que não foi a primeira vez que o marido sofreu constrangimentos por causa do carro adquirido pela família - um EcoSport da Ford, que está sendo pago em 72 parcelas.

"Será que só porque ele é preto não pode ter um EcoSport?", pergunta-se ainda assustada, depois de encontrar Januário espancado, com os dentes quebrados e a boca e ouvido sangrando (ver matéria).

O carro, adquirido há dois anos, é pago pela renda do casal (ela também trabalha no Almoxarifado do Museu de Arte Contemporânea da USP, onde está há 17 anos) de cerca de R$ 4.500,00 por mês, juntando os dois salários e mais o que Januário ganha numa oficina como técnico em eletrônica.

Nordestina como Januário, Maria dos Remédios é de Sousa, na Paraíba. O casal mora com os dois filhos com quem se dirigiram ao Carrefour da Av. dos Autonomistas, em Osasco, para fazer compras na noite da última sexta-feira (07/08), quando o funcionário da USP foi alvo da violência dos seguranças e dos policiais da PM que foram chamados para atender a ocorrência.


Um comentário: