terça-feira, 9 de junho de 2009

Ditadura na USP


Cheguei na USP hoje, por volta das cinco horas, pra ver o que tava rolando, e já quando cheguei vi uma multidão correndo, sendo perseguida pelo choque, entre bombas a balas de borracha. Como não sou de ferro apanhei uma pedra e atirei contra os vermes, depois corri, por que também não sou bobo. O choque estava determinado a sufocar os estudantes, raivosos como pit buls, parecia que não iam parar, manisfestantes fugiam desesperados. Mas de repente pararam, ficaram posicionados próximo a FFLCH (Faculdade de FIlosofia, Letras e Ciências Humanas). Pouco antes da tropa estacionar fiz a foto ao lado, não tive tempo de ajustar o foco, e a foto saiu péssima. Depois foi correr. Tirei outras, mas todas sairam ruins. Quando a tropa se fixou naquele ponto o conflito prossegiu e os meganhas contiuanram atirando bombas, enxendo a rua de fumaça, gente passando mal. As bombas cessaram por algum tempo, mas quando um grupo de professores foi negociar com os samangos, novamente bombas. Já havia escurecido, o céu se iluminou, fumaça, lembrei dos filmes de guerra que via quando criança. As bombas cessaram de novo, vez por outra se ouvia um estrondo, mas o grosso do barulho já havia passado. Na hora das bombas lembro de ver jovens apavorados se protegendo atrás dos carros, do outro lado a polícia indefectível, robótica, sem emoção, indiferentes . Muita fumaça. Acabei passando mal também, vomitando e ficando com dor de cabeça. No olho do furacão olhei para um amigo, também estudante, e lhe disse: "isso vai entra para a História", e o mesmo me respondeu, "vai mesmo."



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